sábado, 7 de setembro de 2013

INTRODUÇÃO:
                   Será abordada a seguir a história e a vida de outros povos que fizeram parte do Oriente Próximo, e são eles: os persas, que construíram um dos maiores impérios do mundo antigo, que exigiu a montagem de complexa estrutura político administrativa. Os fenícios, grandes marinheiros e comerciantes, que contribuíram para o desenvolvimento do alfabeto, importante instrumento da comunicação escrita, e os hebreus, que criaram a religião judaica (judaísmo), que se fundamenta no monoteísmo, isto é, na crença do deus único, que mesmo sendo um povo relativamente pequeno pelo sei poderio, exerceu muita influência na história da humanidade.
OS FENÍCIOS
               A chamada fenícia localizava-se em uma área relativamente desfavorável ao desenvolvimento agrícola ou pastoril. Próximos ao mar, os fenícios dedicaram-se à navegação marítima e estabeleceram relações comerciais com os povos vizinhos.
              Desenvolveram-se entre os fenícios sociedades marítimo-mercantis a partir do II milênio a.C. Eles  nos deixaram uma das mais importantes formas de registro da comunicação humana: o alfabeto.

As cidades fenícias:

                 A Fenícia era, na verdade, um conjunto de Cidades-Estado, independentes entre si. Algumas adotavam a Monarquia Hereditária; outras eram governadas por um Conselho de Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros povos, o controle das principais rotas do comércio marítimo. Dentre essas cidades podemos citar: Biblos, Sidon, Tiro e Ugarit.

Economia:

                  A economia dos fenícios desde cedo evoluiu da pesca e da agricultura para uma economia mercantil, pois as escassas terras férteis da Fenícia não permitiam uma produção agrícola capaz de atender às necessidades da população. O comércio marítimo foi sua principal atividade econômica e seu progresso transformou os fenícios nos maiores navegadores da Antigüidade. Suas rotas comerciais marítimas se estenderam por todo o mar mediterrâneo.

       Como principais fatores que justificam o êxito dos Fenícios no Comércio marítimo temos:
·         -A escassez de terras férteis;
·         -A proximidade do Mar Mediterrâneo (encruzilhada de rotas comerciais);
·        - Bons portos naturais (litoral recortado);
·         -A abundância de madeira para a indústria naval, etc.



O alfabeto, uma criação fenícia:

                O que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi justamente a necessidade de controlar e facilitar o comércio. O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas consoantes, e era, portanto, muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto atualmente utilizado no Brasil.

                                                                       Alfabeto fenício

Organização social da Fenícia:

OS PERSAS
                    Por volta de 1500 a.C., povos indo-europeus invadiram e conquistaram o planalto do Irã, situado a sudeste da Mesopotâmia. Entre eles destacaram-se os medos e os persas.
                    Ao final do século VII a.C., os medos tinham um estado organizado e dominavam os persas. Mas, por volta de 550 a.C., comandados por Ciro, os persas venceram a dominação dos medos e promoveram a unificação dos dois povos, formando um império.
                     Por meio de conquistas militares, Ciro e seus sucessores (Cambises e Dario I) expandiram os domínios do império persa, que chegou a atingir uma extensão territorial de aproximadamente 5 milhões de km2, anexando os territórios conquistados.
                     Ao tentar conquistar a Grécia, Dario I foi derrotado na Batalha de Maratona (490 a.C.), que marcou o fim dessa expansão persa.

Administração:
                       Para facilitar a administração de tão vasto domínio, Dario I dividiu o império em satrapias, unidades administrativas que respeitavam os antigos limites políticos dos povos conquistados, e entregou cada uma delas a um sátapra, nobre de origem persa ou meda, escolhido pelo próprio imperador. O sátrapa, contudo, não podia transferir aos seus descendentes tal privilégio.
                       Além disso, Dario criou uma rede eficiente de estradas e um sistema de correios para viabilizar a comunicação entre as várias regiões. E para manter seus sátrapas constantemente vinculados aos interesses imperiais, aumentou o número de funcionários reais que fiscalizavam cada satrapia (os "olhos e ouvidos do rei").
                       Não havia uma capital única para o império, podendo o rei estabelecer-se em cidades como: Susa, Persépolis, Pasárgada ou Ecbatona.
Produção econômica:
                        Inicialmente, a economia persa baseava-se na agricultura (centeio, trigo e cevada) e na criação de gado. Com a expansão do império, a unidade política e a construção de estradas facilitaram a comunicação entre as satrapias, estimulando o desenvolvimento do artesanato e do comércio.                                                           
                        Para facilitar as trocas comercias (troca direta de um produto por outro), Dario I mandou cunhar moedas de ouro (daricos), posteriormente, permitiu-se a cunhagem de moedas de prata, cuja quantidade ainda não atendia às necessidades do comércio.
Dárico
A religião persa:
                   No plano religioso, distinguiram-se por uma religião que ainda hoje é praticada em algumas partes do mundo: o zoroastrismo. Seu fundador, Zoroastro (daí o nome da religião), viveu entre 628 e 551 a.C.
                   De acordo com os princípios básicos do zoroastrismo, existem duas forças em constante luta: o bem e o mal. O deus do bem é Ormuz, que não é representado por imagens e tem como símbolo o fogo; o deus do mal é Arimã, representado por uma serpente.
                 Segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso.

Profeta Zoroastro ou Zaratustra


OS HEBREUS
                    A civilização hebraica é proveniente da Palestina, região localizada entre o deserto da Arábia, Síria e Líbano. Próxima ao mar Mediterrâneo e cortada pelo rio Jordão, a Palestina ficou conhecida como um dos principais entrepostos comerciais do mundo antigo. Sendo uma região habitada por diferentes povos, a Palestina é o grande palco da histórica rixa entre árabes e palestinos. 

                  Os hebreus organizaram sua população em diversos clãs patriarcais seminômades. Esses grupos familiares se dedicavam principalmente à criação de gado ao longo dos oásis espalhados no deserto da Arábia. A história dos hebreus se inicia a dois mil anos antes de Cristo e convive com outras grandes civilizações expansionistas do mesmo período.
As principais fontes para o estudo da história dos hebreus são os textos bíblicos (Antigo testamento) e os vestígios coletados nas pesquisas arqueológicas.
                  Os hebreus não construíram um império territorial, mas transmitiram uma importante herança cultural às  civilizações que os sucederam: o monoteísmo.

Política e governo:
             A história política dos hebreus antigos pode ser dividida em três grandes períodos:

Governos dos Patriarcas:

Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade. O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia. Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo à Palestina (terra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção a terra Prometida confiando na promessa de seu único Deus Jeová de levá-los a essa terra prometida.

 Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para filho. De Abraão foi para Isaque e depois para Jacó. Este último teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel. Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós.

Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele , fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus, Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina.
                                                             Abraão, primeiro patriarca.

Governo dos juízes:

                Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina (chamada  também de Canaã) até o início da monarquia. Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua monstruosa força.

Governo dos reis:

              Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários. O primeiro rei hebreu foi: Saul, da tribo de Benjamim. Ele, porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e, em batalha ao ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam.

Já no século XI a. C. Davi, sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência  nos combates militares e conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.

Seu filho, Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Mas com o passar do tempo, foram surgindo altos impostos e também os camponeses já trabalhavam muito em construções, isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o  reino de Israel e o reino de Judá. 

                                                  Saul, primeiro rei hebreu


Sociedade hebraica:

                    A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família real.

Como mostra pirâmide abaixo:

Economia:

               Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social.


ANÁLISE DE IMAGENS:
O sacrifício de Abraão: o mito original da fé monoteísta dos hebreus.

Gravura em pedra representando o comércio marítimo dos fenícios

Mosaico representando os exércitos persas.


QUESTÕES RESPONDIDAS

Organizando as idéias: Os fenícios

01-             Exímios marinheiros e construtores de navios, os fenícios desenvolveram-se na Fenícia, região do atual Líbano, uma estreita faixa de terra entre montanhas e o mar Mediterrâneo.

02-             Através de cidades-estados a civilização fenícia se organizava. De maneira que cada uma constituía, independentemente, uma unidade política e administrativa. De um modo geral, eram governadas por monarcas e um clero poderoso.

03-             Para crescer e prosperar, os fenícios optaram por duas coisas: o comércio e expansão por meio do mar Mediterrâneo. Em virtude do seu grande desenvolvimento náutico, esse povo pôde expandir maritimamente, já que conheciam as correntes marítimas, o voo das aves, a migração de alguns peixes e os ventos de cada região. De posse dessas informações, podiam se afastar cada vez mais, e atingir regiões distantes. Muitos dos lugares em que paravam, para descansar ou abastecer, os transformaram em cidades comerciais fenícias. 

04-             Os principais traços desenvolvidos pelo comércio dos fenícios eram: trocas e navegações. O deslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla rede de rotas comerciais que garantia a circulação dos vários produtos que despertavam o interesse da poderosa classe mercante mantenedora desse tipo de atividade econômica.

05-             Cartago tornou-se uma potência do Mediterrâneo através da sua importância comercial. Era ali, no porto púnico, de formato circular, o local de chegada e partida de navios repletos de mercadorias, especialmente tecidos coloridos, tingidos pelos fenícios. Em seu ápice, a cidade contava com uma população de 400 mil habitantes.

06-             Sendo o comércio a base econômica da civilização fenícia, era necessário o desenvolvimento de técnicas para o seu aprimoramento, para controlar os produtos comercializados, as transações mercantis, de uma maneira que ficasse documentada. Mas era também de fundamental importância, que essa escrita fosse ágil e de fácil entendimento, inventando assim o alfabeto. O alfabeto fenício podia se adaptado a qualquer língua, já que sua representavam fonemas.

07-             A escrita hieroglífica e cuneiforme eram mais difícil, sendo assim acessíveis apenas aos intelectuais, os escribas. Enquanto o alfabeto, símbolos que representavam fonemas, era mais fácil, e podia ser adaptado a qualquer outra língua.

08-             Já que a escrita alfabética fenícia podia ser adaptada a qualquer outra língua, muitas mudanças ocorreram, no século IX a.C. os gregos acrescentaram-lhe vogais, mais tarde esse alfabeto greco-fenício daria origem ao alfabeto latino, utilizado até hoje no mundo ocidental.


Organizando as idéias: O império persa

1- A partir de 2000 a.C., a região foi ocupada por povos de pastores e agricultores, vindos do sul da atual Rússia, que invadiram o planalto. Os medos fixaram-se ao norte do planalto do Irã, enquanto os persas se estabeleceram na parte sudeste, próxima ao golfo Pérsico.
Os primeiros habitantes desse planalto dedicaram-se ao pastoreio e, nos vales férteis, desenvolveram o cultivo de cereais, frutas e hortaliças.

2- Século VII a.c.---------> medos dominam os persas;
    1500 a 1600 a.C.-------> fundação do zoroastrismo;
    550 a.C.-----------------> comandados por Ciro, os persas vencem a dominação dos medos;
    490 a.C.-----------------> Dario I foi derrotado na Batalha de Maratona;
    331 a.C.------------------> Alexandre, o grande, derrotou Dario III.

3- Para garantir a unidade do império ele-o dividiu em 20 províncias, chamadas de satrápias. Em cada uma foram colocados funcionários reais especiais, os ‘’olhos e ouvidos do rei’’, para se interar das queixas de governantes e governados. Ele também se utilizou de, para assegurar o acesso e o controle de cada recanto do vasto império, longas estradas, serviço de correios e a generalização do uso da moeda.
4- Podemos destacar a construção de longas estradas e a criação de um sistema de correios, pois foram esses elementos que vieram a disseminar diversas culturas e também estimulou o desenvolvimento do comércio.
5- Os povos mesopotâmicos, com destaque neste caso os caldeus (novos babilônios), os Egípcios com Cambises, filho de Ciro I e os gregos até foram dominados, mas conseguiram se libertar com as Guerras Médicas.

6- Os etruscos eram agricultores, além de produtores de objetos de metais como, ouro, prata, bronze e ferro, mantinham intensas relações comerciais com gregos e fenícios ao longo do mar Mediterrâneo. Viviam na Península Itálica organizados em cidades-estados. Acreditavam em vida após a morte e por isso construíam túmulos suntuosos.
7- Segundo esta doutrina, apenas o deus Ahura-Masdâ, que era adorado por ser simbolizado pela luz e pela pureza do fogo existia. Porém a população também personificava outros seres, as forças das trevas e as do Bem, assim as pessoas do Bem que combatessem os demônios e as trevas viveriam em felicidade pelo resto de suas vidas.
Interpretando Documentos:
1-     Segundo o relato de Xenofonte, Ciro contribuiu para a conquista de vários territórios e para a formação do grande Império Persa, além de fazer com que cada povo por ele conquistado conservasse sua forma de governo, religião, língua e costumes.
2-     As pessoas sentiam medo e como tinham sido dominadas ficaram aterrorizadas com medo de Ciro, então aceitaram o domínio e não ousaram fazer revoltas, assim ficando submissas as leis que Ciro implantava e as seguindo.
3-     Pois ele beneficiou de certa forma os indivíduos conquistados é como ele diz no texto: “E de tal maneira
4-     soube captar o amor dos povos, que todos queriam viver junto às suas leis.”


RESENHA DE FILME

300 de Esparta

O filme 300 de Esparta e um épico que relata  a historia dos  embates  entre os  gregos e os persas no ano de 480 a.C,período marcado pela  expansão  do grande império persa rumo ao ocidente , se deparando com  a grande resistência e bravura dos 300 guerreiros de  Esparta,que comandavam as pequenas forças da Grécia.
O filme começa com um orador espartano a contar a vida do rei Leónidas Ι(Gerard Butler),bem como o treinamento militar rigoroso que foi submetido desde os sete anos de idade,conhecido por agoge (com espancamentos e combate corpo a corpo).
Após 30 anos o orador através de um mensageiro persa ganha conhecimento dos planos do rei da pérsia  Xerxes  Ι (Rodrigo Santoro) em dominar e  submeter toda a Grécia ao império persa.
Essa produção cinematográfica, “300” e uma ótima opção como uma fonte complementar dos estudos da história das cidades da Grécia antiga, sobretudo dos Espartanos, mas também se foca muito nos Persas em seu seu período de apogeu,de império.

+ Informações:
Lançamento: 30 de março de 2007 (1h 57min)          
Dirigido por : Zack Snyder/ Com: Gerard Butler, Lena Headey, Rodrigo Santoro.
Gênero : Épico , Guerra , Histórico , Ação     Nacionalidade : EUA

                                  http://www.youtube.com/watch?v=leXo4-QLNVc

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