INTRODUÇÃO:
Será abordada a seguir a
história e a vida de outros povos que fizeram parte do Oriente Próximo, e são
eles: os persas, que construíram um dos maiores impérios do mundo antigo, que
exigiu a montagem de complexa estrutura político administrativa. Os fenícios,
grandes marinheiros e comerciantes, que contribuíram para o desenvolvimento do
alfabeto, importante instrumento da comunicação escrita, e os hebreus, que criaram
a religião judaica (judaísmo), que se fundamenta no monoteísmo, isto é, na
crença do deus único, que mesmo sendo um povo relativamente pequeno pelo sei
poderio, exerceu muita influência na história da humanidade.
OS FENÍCIOS
A chamada fenícia localizava-se
em uma área relativamente desfavorável ao desenvolvimento agrícola ou pastoril.
Próximos ao mar, os fenícios dedicaram-se à navegação marítima e estabeleceram
relações comerciais com os povos vizinhos.
Desenvolveram-se entre os
fenícios sociedades marítimo-mercantis a partir do II milênio a.C. Eles nos deixaram uma das mais importantes formas
de registro da comunicação humana: o alfabeto.
As
cidades fenícias:
A Fenícia era, na verdade, um conjunto de Cidades-Estado, independentes
entre si. Algumas adotavam a Monarquia Hereditária; outras eram governadas por
um Conselho de Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros
povos, o controle das principais rotas do comércio marítimo. Dentre essas
cidades podemos citar: Biblos, Sidon, Tiro e Ugarit.
Economia:
A economia dos fenícios desde cedo evoluiu da pesca e da agricultura
para uma economia mercantil, pois as escassas terras férteis da Fenícia não
permitiam uma produção agrícola capaz de atender às necessidades da população.
O comércio marítimo foi sua principal atividade econômica e seu progresso
transformou os fenícios nos maiores navegadores da Antigüidade. Suas rotas
comerciais marítimas se estenderam por todo o mar mediterrâneo.
Como
principais fatores que justificam o êxito dos Fenícios no Comércio marítimo
temos:
· -A escassez de terras férteis;
· -A proximidade do Mar Mediterrâneo (encruzilhada de
rotas comerciais);
· - Bons portos naturais (litoral recortado);
· -A abundância de madeira para a indústria naval,
etc.
O
alfabeto, uma criação fenícia:
O que levou os
fenícios a criarem o alfabeto foi justamente a necessidade de controlar e
facilitar o comércio. O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas consoantes,
e era, portanto, muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a
hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego. Este deu
origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto atualmente
utilizado no Brasil.
Alfabeto fenício
Organização social da Fenícia:
OS PERSAS
Por volta de 1500 a.C.,
povos indo-europeus invadiram e conquistaram o planalto do Irã, situado a
sudeste da Mesopotâmia. Entre eles destacaram-se os medos e os persas.
Ao final do século VII
a.C., os medos tinham um estado organizado e dominavam os persas. Mas, por
volta de 550 a.C., comandados por Ciro, os persas venceram a dominação dos
medos e promoveram a unificação dos dois povos, formando um império.
Por meio de conquistas
militares, Ciro e seus sucessores (Cambises e Dario I) expandiram os domínios
do império persa, que chegou a atingir uma extensão territorial de
aproximadamente 5 milhões de km2, anexando os territórios
conquistados.
Ao tentar conquistar a
Grécia, Dario I foi derrotado na Batalha de Maratona (490 a.C.), que marcou o
fim dessa expansão persa.
Administração:
Para facilitar a administração
de tão vasto domínio, Dario I dividiu o império em satrapias, unidades administrativas que
respeitavam os antigos limites políticos dos povos conquistados, e entregou
cada uma delas a um sátapra, nobre de origem persa ou meda, escolhido pelo próprio
imperador. O sátrapa, contudo, não podia transferir aos seus descendentes tal
privilégio.
Além disso,
Dario criou uma rede eficiente de estradas e um sistema de correios para
viabilizar a comunicação entre as várias regiões. E para manter seus sátrapas
constantemente vinculados aos interesses imperiais, aumentou o número de
funcionários reais que fiscalizavam cada satrapia (os "olhos e ouvidos do
rei").
Não havia
uma capital única para o império, podendo o rei estabelecer-se em cidades como:
Susa, Persépolis, Pasárgada ou Ecbatona.
Produção
econômica:
Inicialmente, a economia persa baseava-se na
agricultura (centeio, trigo e cevada) e na criação de gado. Com a expansão do
império, a unidade política e a construção de estradas facilitaram a
comunicação entre as satrapias, estimulando o desenvolvimento do artesanato e
do comércio.
Para
facilitar as trocas comercias (troca direta de um produto por outro), Dario I
mandou cunhar moedas de ouro (daricos), posteriormente, permitiu-se a cunhagem
de moedas de prata, cuja quantidade ainda não atendia às necessidades do
comércio.
Dárico
A religião persa:
No plano religioso,
distinguiram-se por uma religião que ainda hoje é praticada em algumas partes
do mundo: o zoroastrismo. Seu fundador, Zoroastro (daí o nome da religião),
viveu entre 628 e 551 a.C.
De acordo com os princípios
básicos do zoroastrismo, existem duas forças em constante luta: o bem e o mal.
O deus do bem é Ormuz, que não é representado por imagens e tem como símbolo o
fogo; o deus do mal é Arimã, representado por uma serpente.
Segundo o zoroastrismo, o
dever das pessoas é praticar o bem e a justiça, para que, no dia do Juízo
Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem prevaleça sobre o mal. Além disso,
aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso.
Profeta
Zoroastro ou Zaratustra
OS HEBREUS
A civilização hebraica é
proveniente da Palestina, região localizada entre o deserto da Arábia, Síria e
Líbano. Próxima ao mar Mediterrâneo e cortada pelo rio Jordão, a Palestina
ficou conhecida como um dos principais entrepostos comerciais do mundo antigo.
Sendo uma região habitada por diferentes povos, a Palestina é o grande palco da
histórica rixa entre árabes e palestinos.
Os hebreus organizaram
sua população em diversos clãs patriarcais seminômades. Esses grupos familiares
se dedicavam principalmente à criação de gado ao longo dos oásis espalhados no
deserto da Arábia. A história dos hebreus se inicia a dois mil anos antes de
Cristo e convive com outras grandes civilizações expansionistas do mesmo
período. As principais fontes para o estudo da
história dos hebreus são os textos bíblicos (Antigo testamento) e os vestígios
coletados nas pesquisas arqueológicas.
Os hebreus não construíram um império
territorial, mas transmitiram uma importante herança cultural às civilizações que os sucederam: o monoteísmo.
Política e governo:
A história política dos hebreus
antigos pode ser dividida em três grandes períodos:
Governos dos Patriarcas:
Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram
líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade. O primeiro
grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento.
Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia. Abraão conduziu os
hebreus de Ur, rumo à Palestina (terra prometida). Chegaram por volta de 2000
a. C., viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão
fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção a terra
Prometida confiando na promessa de seu único Deus Jeová de levá-los a essa terra
prometida.
Depois de Abraão, a liderança foi passando de
pai para filho. De Abraão foi para Isaque e depois para Jacó. Este último teve
um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve
doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel. Mas tiveram tempos
complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que
assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por
mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós.
Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido
e escravizado. Essa idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele
, fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo,
do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus,
Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no
deserto e por fim retornaram à palestina.
Abraão, primeiro
patriarca.
Governo dos juízes:
Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes
militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se
estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina (chamada também
de Canaã) até o início da monarquia. Entre
esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua
monstruosa força.
Governo dos reis:
Os
filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo
completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus
instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força
para enfrentar os adversários. O primeiro rei hebreu foi: Saul, da tribo de
Benjamim. Ele, porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e, em batalha ao
ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se
suicidam.
Já no
século XI a. C. Davi, sucessor de Saul, conseguiu mostrar
eficiência nos combates militares e conseguiu o grande feito de expandir
os domínios do reino.
Seu
filho, Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela
imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Mas com o passar do tempo, foram
surgindo altos impostos e também os camponeses já trabalhavam muito em
construções, isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de
Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se
dividindo. Criando o reino de Israel e o reino de Judá.
Saul,
primeiro rei hebreu
Sociedade
hebraica:
A maioria eram
camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em
vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e
comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários
públicos e a família real.
Como mostra pirâmide abaixo:
Economia:
Na maior parte do tempo a economia era
baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do
reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí
começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na
desigualdade social.
ANÁLISE DE IMAGENS:
O sacrifício de Abraão: o mito original da fé monoteísta dos
hebreus.
Gravura em pedra representando o comércio marítimo dos fenícios
Mosaico
representando os exércitos persas.
QUESTÕES
RESPONDIDAS
Organizando as idéias: Os fenícios
01-
Exímios
marinheiros e construtores de navios, os fenícios desenvolveram-se na Fenícia,
região do atual Líbano, uma estreita faixa de terra entre montanhas e o mar
Mediterrâneo.
02-
Através de
cidades-estados a civilização fenícia se organizava. De maneira que cada uma
constituía, independentemente, uma unidade política e administrativa. De um
modo geral, eram governadas por monarcas e um clero poderoso.
03-
Para crescer
e prosperar, os fenícios optaram por duas coisas: o comércio e expansão por
meio do mar Mediterrâneo. Em virtude do seu grande desenvolvimento náutico,
esse povo pôde expandir maritimamente, já que conheciam as correntes marítimas,
o voo das aves, a migração de alguns peixes e os ventos de cada região. De
posse dessas informações, podiam se afastar cada vez mais, e atingir regiões
distantes. Muitos dos lugares em que paravam, para descansar ou abastecer, os
transformaram em cidades comerciais fenícias.
04-
Os
principais traços desenvolvidos pelo comércio dos fenícios eram: trocas e
navegações. O
deslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla rede de rotas comerciais que
garantia a circulação dos vários produtos que despertavam o interesse da
poderosa classe mercante mantenedora desse tipo de atividade econômica.
05-
Cartago
tornou-se uma potência do Mediterrâneo através da sua importância comercial. Era
ali, no porto púnico, de formato circular, o local de chegada e partida de
navios repletos de mercadorias, especialmente tecidos coloridos, tingidos pelos
fenícios. Em seu ápice, a cidade contava com uma população de 400 mil
habitantes.
06-
Sendo o
comércio a base econômica da civilização fenícia, era necessário o
desenvolvimento de técnicas para o seu aprimoramento, para controlar os
produtos comercializados, as transações mercantis, de uma maneira que ficasse
documentada. Mas era também de fundamental importância, que essa escrita fosse
ágil e de fácil entendimento, inventando assim o alfabeto. O alfabeto fenício
podia se adaptado a qualquer língua, já que sua representavam fonemas.
07-
A escrita
hieroglífica e cuneiforme eram mais difícil, sendo assim acessíveis apenas aos
intelectuais, os escribas. Enquanto o alfabeto, símbolos que representavam
fonemas, era mais fácil, e podia ser adaptado a qualquer outra língua.
08-
Já que a
escrita alfabética fenícia podia ser adaptada a qualquer outra língua, muitas
mudanças ocorreram, no século IX a.C. os gregos
acrescentaram-lhe vogais, mais tarde esse alfabeto greco-fenício daria origem
ao alfabeto latino, utilizado até hoje no mundo ocidental.
Organizando as
idéias: O império persa
1- A partir de 2000
a.C., a região foi ocupada por povos de pastores e agricultores, vindos do sul
da atual Rússia, que invadiram o planalto. Os medos fixaram-se ao norte do
planalto do Irã, enquanto os persas se estabeleceram na parte sudeste, próxima
ao golfo Pérsico.
Os
primeiros habitantes desse planalto dedicaram-se ao pastoreio e, nos vales
férteis, desenvolveram o cultivo de cereais, frutas e hortaliças.
2- Século VII
a.c.---------> medos dominam os persas;
1500 a 1600 a.C.-------> fundação do
zoroastrismo;
550 a.C.-----------------> comandados
por Ciro, os persas vencem a dominação dos medos;
490 a.C.-----------------> Dario I foi
derrotado na Batalha de Maratona;
331 a.C.------------------> Alexandre, o
grande, derrotou Dario III.
3- Para
garantir a unidade do império ele-o dividiu em
20 províncias, chamadas de satrápias. Em cada uma foram colocados funcionários
reais especiais, os ‘’olhos e ouvidos do rei’’, para se interar das queixas de
governantes e governados. Ele também se utilizou de, para assegurar o acesso e
o controle de cada recanto do vasto império, longas estradas, serviço de
correios e a generalização do uso da moeda.
4- Podemos destacar a construção de longas estradas e a criação de um
sistema de correios, pois foram esses elementos que vieram a disseminar
diversas culturas e também estimulou o desenvolvimento do comércio.
5- Os
povos mesopotâmicos, com destaque neste caso os caldeus (novos babilônios), os
Egípcios com Cambises, filho de Ciro I e os gregos até foram dominados, mas
conseguiram se libertar com as Guerras Médicas.
6- Os etruscos eram
agricultores, além de produtores de objetos de metais como, ouro, prata, bronze
e ferro, mantinham intensas relações comerciais com gregos e fenícios ao longo
do mar Mediterrâneo. Viviam na Península Itálica organizados em
cidades-estados. Acreditavam em vida após a morte e por isso construíam túmulos
suntuosos.
7- Segundo esta
doutrina, apenas o deus Ahura-Masdâ, que era adorado por ser simbolizado pela
luz e pela pureza do fogo existia. Porém a população também personificava
outros seres, as forças das trevas e as do Bem, assim as pessoas do Bem que
combatessem os demônios e as trevas viveriam em felicidade pelo resto de suas
vidas.
Interpretando
Documentos:
1-
Segundo o relato de Xenofonte, Ciro contribuiu para a conquista de
vários territórios e para a formação do grande Império Persa, além de fazer com
que cada povo por ele conquistado conservasse sua forma de governo, religião,
língua e costumes.
2-
As pessoas sentiam medo e como tinham sido dominadas ficaram
aterrorizadas com medo de Ciro, então aceitaram o domínio e não ousaram fazer
revoltas, assim ficando submissas as leis que Ciro implantava e as seguindo.
3-
Pois ele beneficiou de certa forma os indivíduos conquistados é como ele
diz no texto: “E de tal maneira
4-
soube captar o amor dos povos, que todos queriam viver junto às suas
leis.”
RESENHA
DE FILME
300 de Esparta
O filme 300 de Esparta e um épico que relata a historia dos embates
entre os gregos e os persas no
ano de 480 a.C,período marcado pela
expansão do grande império persa rumo
ao ocidente , se deparando com a grande
resistência e bravura dos 300 guerreiros de Esparta,que comandavam as pequenas forças da
Grécia.
O filme começa com um orador
espartano a contar a vida do rei Leónidas Ι(Gerard Butler),bem como o treinamento militar rigoroso que foi
submetido desde os sete anos de idade,conhecido por agoge (com espancamentos e
combate corpo a corpo).
Após 30 anos o orador através de
um mensageiro persa ganha conhecimento dos planos do rei da pérsia Xerxes
Ι (Rodrigo Santoro) em dominar e submeter toda a Grécia ao império persa.
Essa produção cinematográfica,
“300” e uma ótima opção como uma fonte complementar dos estudos da história das
cidades da Grécia antiga, sobretudo dos Espartanos, mas também se foca muito
nos Persas em seu seu período de apogeu,de império.
+ Informações:
Dirigido por : Zack Snyder/ Com: Gerard Butler, Lena Headey, Rodrigo Santoro.
Gênero : Épico , Guerra
, Histórico , Ação Nacionalidade : EUA